Repercussão

Olá para todos que acompanham este projeto!

Estamos aqui hoje para dizer que o Projeto Expedição Nordeste Central ainda não terminou. O video documentário está na fase da edição e já observamos que temos muito trabalho pela frente. Primeiro porque estamos com dificuldade em roteirizar, principalmente para mim (Lenin) que sou "verde" na produção de vídeos. Segundo que a viagem foi tão rica de imagens e entrevistas que tem gerado uma confusão para organizar e saber o que vai entrar na edição. Mas te sido legal este trabalho. Esperamos que em dezembro próximo tenhamos uma prévia para análise e posterior finalização.

O que também nos deixa bastante felizes é que, mesmo a Expedição ter sido encerrada em agosto,  a viagem dos três aventureiros ainda ecoa pela Rede, chegando também a outros meios de comunicação.  No início tivemos apoio de sites Paraíba, Bahia, Piauí, Ceará e São Paulo. Nas redes sociais e neste blog o projeto também "bombou". Agora é a vez das revistas. A primeira vocês já devem ter visto: matéria na 4x4 & Cia, revista especializada em off road. As imagens da capa e da matéria foram postadas também neste espaço pelo louco e vitaminado fotógrafo da expedição Alécio Cezar. Queremos agradecer a todos da Revista pela oportunidade de participarmos da edição comemorativa do vigésimo Rally dos Sertões.

Agora a Revista Novo Conceito, novo periódico de Sousa (PB) e a Revista Conterrâneos, veículo de comunicação do Banco do Nordeste. Esperamos com estas matérias visibilidade maior deste projeto. Sabendo que aumenta também nossa responsabilidade....

Não percam o contato! Câmbio e até a próxima.

Diário de Bordo - 31 de agosto


31 de agosto
Saída: Sousa (PB)
Destino: Nazarezinho (PB)

Ocorrências: Como escrevemos em nosso último texto, a Expedição Nordeste Central ainda não acabou. Faltava ainda um município a ser visitado nessa jornada e aconteceu em agosto último, dia 31: Nazarezinho, que fica há 27 km de Sousa. Lógico que a adrenalina não era mais a mesma, já que fazia mais de mês que voltamos daqueles inesquecíveis 16 dias pela estrada.

A equipe também mudou. Nosso xofem, divertido e multiuso fotógrafo Alécio César voltou para sua vida difícil no escritório e, claro, vida de vadiagem em São Paulo. O Diretor de Energia do Movimento Vadiadista Brasileiro não podia ficar tão distante da Selva de Pedra.... Mas não podíamos ficar órfãos. Tratamos logo de convidar o Canalha-mor de Sousa, Gildivan Martins para registrar as mais belas imagens dessa última aventura. O Gil também foi o responsável por criar o Blog e a logomarca da nossa expedição.

Em Nazarezinho visitamos a Casa de Cultura Júlia Rocha e o projeto Engenho Literário: Moagem de Letras, que visa incentivar a leitura e despertar o desenvolvimento para artes em crianças e adolescentes do sítio Cedro de Baixo, zona rural. A associação cultural, cuja sede está em fase de construção fica ao lado de um pequeno engenho de cana de açúcar, que funciona há 200 anos e produz rapadura em uma máquina a vapor inglesa do século XIX.  O local e as pessoas que lá trabalham nos dão uma verdadeira aula de história.

Aula de cidadania e criatividade também ministram três professoras da comunidade, que há três anos promovem diariamente em sala de aula, rodas de leitura, encenações, produção e interpretação textual, para cerca de 40 crianças.

E para não perder o costume enfrentamos alguns quilômetros de estrada de chão com o Nivaldo e registramos paisagens belas, como as do grande açude de São Gonçalo, que vem sofrendo e secando com a estiagem. Também não poderia faltar na nossa alimentação  a rapadura assassina, aquela que ganhamos da Tia Morena lá em Avelino Lopes (PI). Ela esteve em terras paraibanas juntamente com a mãe do James e nos trouxe o doce que ficou famoso nesta Expedição.

No retorno rimos com o Gil, que chegou todo cansado ao trabalho à tarde, porque rodou 50km no Nivaldo e passou apenas uma manhã na poeira e sol.....ô canalha mole!!!


Apenas começando

Amigos leitores e apreciadores deste blog,

A Expedição Nordeste Central acabou, mas o trabalho só está começando. Ainda visitaremos um projeto em Nazarezinho (PB) e, como informado em outros textos, produziremos um documentário como produto final.

Agora iniciamos a fase da edição do vídeo e isso requer tempo. Serão horas observando, decupando e  unindo imagens, sons e infográficos para a concretização deste trabalho. Na viagem, as pessoas que conhecemos, os lugares pelos quais passamos, encheram-nos de ânimo e ideias para que o projeto não ficasse apenas no filme. Queremos mais: uma exposição fotográfica e, quem sabe, um livro.

Gostaríamos aqui registrar nossos agradecimentos àqueles que participaram das gravações: a turma da REMOP, a valiosa equipe da Associação Comunitária do Guarani, do Ceará; aos incansáveis arqueólogos e guias de Coronel José Dias (PI); aos poetas e militantes culturais de Ibotirama (BA). Também á família Gama e Bezerra que nos receberam em suas casas, aos nossos familiares que tiveram que "segurar a barra" durante nossa ausência e aos nossos patrocinadores: Banco do Nordeste, DSW Automotive, NewLine, Socrauto, Gama Vídeo Produções e Era uma Vez Fantasias. Sem Deus e essas pessoas e empresas, não conseguiríamos.

Continuem a acessar pois ainda temos muitas fotos e informações para repassar.
Até lá!

Chicó e o causo de Jessier Quirino


Antologia Poética: Projeto Ibotirama


Vaqueiros - PI


A Cidade com o nome mais curioso que já vimos a caminho de Avelino Lopes, "Morro Cabeça no Tempo" - PI


A Caminho de Avelino Lopes - PI


A Caminho de Avelino Lopes - PI


A Caminho de Avelino Lopes - PI


Guaribas - PI


Espaço Nordeste, Guaribas - PI


Diário de Bordo - dia 28 e 29 de julho


Dias 28 e 29 de julho
Saída: Irecê (BA)
Destino: Sousa (PB)

Ocorrências: no segundo dia de retorno para casa e décimo quinto na estrada, mais emoções. Começando o dia sem grana e sem caixas eletrônicos 24h em Irecê. Contornamos a situação pagando combustível cartão de débito e então seguimos para Sousa com parada prevista em Petrolina (PE) para dormir.

Tínhamos cerca de 400 km pela frente com passagens pelos municípios de Morro do Chapéu e Jacobina (BA). Localizados na área da Chapada Diamantina, estes municípios mostraram um contraste de tudo que tínhamos já visto pelo Nordeste ao longo desses 15 dias: clima frio, muito verde e grandes serras rodeiam as cidades e margeiam as estradas. Por sinal as cidades de Barra, Morro do Chapéu, Jacobina e Saúde são encantadoras, com seus casarões coloniais e ruas limpas com muitas árvores e flores. Lógico que aproveitamos esses momentos para fotografar e utilizar mais os recursos que a câmera GoPro oferece.

Sim, para aguentarmos tanta estrada de Avelino Lopes até aqui, trouxemos conosco uma rapadura com coco, regalo da tia Morena (do James). Mas não contávamos que um simples alimento fosse assassino.  É que Alécio e eu quase fomos mutilados quando paramos para comer a tal rapadura. Eu disse para o Alécio que cortamos nossos dedos por causa do canivete. Entretanto nosso companheiro afirmou: - Não pode ser, pois meu canivete é suíço. Comprei e Pedro Juan Caballero. A culpa é da rapadura!! E agora, quando oferecemos rapadura para o outro sempre perguntamos: com ou sem dedo?? Pois é amigos, quem manda ser rapadureiro......

Dormimos em Petrolina e pela manhã do último dia de expedição fizemos umas imagens na ponte que divide as cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) e mais um encontro nosso com o Velho Chico. Logo depois partimos em direção a Sousa. Seriam mais 450 km pata enfrentar, porém já nos primeiros 50 quilômetros o Nivaldo apresentou problemas no radiador, esquentando o motor. Realizamos uns reparos que não surtindo efeito, fomos obrigados a parar em Cabrobró (PE). Lá, por sorte e providência divina, encontramos uma oficina especializada em radiadores do Sr. Antônio, cerca de 75 anos, bem baixinho e com traços orientais. Mais parecia com o Sr. Miag (é assim que se escreve??), do Karatê Kid. Apenas após 2h de conserto saímos daquela cidade. Já eram mais de quatro da tarde.

Daí pra frente foi mais rápida a viagem, estávamos ansiosos para rever parentes e amigos, afinal era o décimo sexto dia de viagem. Pensamos em chegar em grande estilo, buzinando, encontrando os amigos no Centro Cultural de Sousa, comer uma pizza. Mas era domingo, 21h e estávamos exaustos. Nossa chegada foi mesmo de mansinho, quase parando, sem ninguém ver....  apenas como saímos: somente os três aventureiros de sangue O, agradecendo uns aos outros pelo rico e inesquecível momento de conhecer os rincões do Nordeste, os samurais militantes da cultura e um povo carente de atenção, conhecimento e oportunidades, mas alegre e hospitaleiro. 


Posto de gasolina alternativo, Guaribas - PI


Guaribas - PI


Diário de Bordo - 26 e 27 de julho


Dias 26 e 27 de julho
Ainda em Ibotirama (BA)
Destino: Sousa (PB)

Ocorrências: mal nos deitamos para descansarmos da difícil viagem e lá estávamos, às 7h30 da manhã, bem acordados para registrarmos o quarto projeto de nossa expedição.

Ibotirama, município de quase 22 mil habitantes fica no centro-oeste baiano, às margens do Rio São Francisco. Lá visitamos a Fundação de Desenvolvimento Integrado do São Francisco, a Fundifran, que atua há 40 anos para o desenvolvimento sustentável de agricultores familiares da região, trabalhando também com projetos culturais, dentre eles a produção do livro Antologia dos Cordéis.

Tínhamos a proposta de seguir até a Serra do Ramalho (BA), 200km ao Sul, para registramos o evento de lançamento do livro, mas o pouco tempo, a grana  curta e as condições do Nivaldo nos impediram.
Mesmo assim foi um dia bastante produtivo. Filmamos poetas e crianças recitando às margens do Rio São Francisco, ponto de leitura em assentamento rural, grupo de teatro surgido a partir de ações de um ponto de cultura. Foi incrível a oportunidade de conversar com um pessoas tão envolvidas em projetos culturais, formando plateias e dando oportunidades de cursos e oficinas artísticas para crianças e adolescentes.

Já no dia 27 de julho pela manhã, aproveitamos para realizar mais ajustes no Nivaldo. Na volta para Sousa, não resistimos e fomos tomar um banho no Velho Chico para nos refrescarmos do forte calor. No primeiro dia de estrada no retorno para casa fomos surpreendidos ao passar por Barra, cidadezinha charmosa, bucólica, de casarões antigos e que também é agraciada com as águas do São Francisco. Saindo de lá, para continuar na estrada, precisávamos atravessar de balsa o Velho Chico e, mas uma vez, colhemos imagens e desfrutamos de momentos inesquecíveis.

Encerramos o dia exaustos já no município de Irecê (BA).